Por Samir Raoni
Sim!!! Ver tanta gente fazendo tanta arte com tantas linguagens reforça
que a percepção é a chave para a transformação da cidade que queremos. Estamos
a dois meses em São Paulo,
e tem se tornado cada vez mais nítido, que quanto mais participamos, mais
soluções simples e replicáveis surgem, restabelecendo o diálogo onde só existia
imposição.
Não é de se admirar se ouvirem por ai, que essa foi uma das ocupações
mais consistentes com o atual momento de SP. É muito satisfatório ver a ação e
a pratica pela cidade que queremos. Essa é a importância de ocupar
criativamente o espaço público. Manifestando a real vida que existe na cidade,
repleta de pessoas incríveis.
A Praça Roosevelt estava tomada pela verdadeira cidade, livre de qualquer
tipo de paranóia social. O espaço público é um lugar que todos temos de
interpretar, nos apropriar no grandioso labirinto de corpos que perdidos se
encontram. se reconhecem. se relacionam. Na construção diária da cidade que
queremos. Mas se a cidade são as pessoas e as pessoas são as relações, nada
como o amor manifesto e recíproco para transformar o espaço em um grande
ambiente de união.
Criolo e Gaby Amarantos, dois artistas de origem periférica, emanam a mensagem
de mais amor! Um momento histórico para a cena independente, amplificado nas
ondas do diálogo e na tecnológica, representada pelo ao vivo da Pós Tv, que transmitiu tudo que tava rolando
na praça, conectando gente do Brasil e do mundo com esse dia tão histórico para
a cidade. Só amor conduzindo esse ato pela cidade.
O dia findou com meu primeiro banho de chuva na terra da garoa. Que venha
o próximo festival. Afinal, a cidade que queremos nasce da nossa ação!